sábado, 4 de agosto de 2012

O Samurai das Sombras. (Parte 5)




    Com muito cuidado, Iana começa a mergulhar Maru no lago quente. Aos poucos, o sangue em sua pele vai sendo levado pelas águas... Após um tempo, Maru acorda limpo e revigorado.
    - Já acordou? Como você está?
    - Sinto-me muito melhor. Muito obrigado pela sua ajuda. Eu confesso que não esperava que o ritual fosse chegar ao ponto que chegou.
    - Eu tive medo de que você não conseguisse se recuperar, mas vejo que agora você está muito bem.
    - Sim, estou. Após concluído o ritual, eu retomo minhas forças. Retorno mais forte, assim como minha espada. Onde está a minha espada?
    - Sua espada está bem aqui.
    Iana entregou a Espada das Sombras a Maru que a recebeu com um sorriso nos lábios, tendo a certeza de que tudo estava bem agora.
    - Sabe, Iana, esta não é uma arma de guerra. É uma espada muito perigosa e exige muito cuidado. Se eu tivesse demorado um pouco mais, talvez não tivesse conseguido concluir o ritual.
    - Entendo. Mas está tudo bem agora, não é mesmo? Há quanto tempo você a carrega?
    - Esta espada é passada de geração a geração. Mas eu nunca havia me sentido preparado para empunhá-la, até que...
    Maru fecha os olhos e baixa a cabeça, levando as mãos ao seu rosto, demonstrando grande pesar pela lembrança.
   - Recebi a Espada das Sombras após minha esposa ter sido morta. O ódio que senti me permitiu ter forças e ver em mim alguém capaz de carregá-la. Havia outros samurais, mas pereceram em uma terrível batalha e meu avô foi o único que sobreviveu. Foi ele quem passou a espada para mim, ao perceber que o momento certo havia chegado. Poucos dias depois, ele faleceu. Meu pai morreu nesta batalha. Minha mãe... eu não cheguei a conhecê-la, pois ela partiu deste mundo ao me dar a luz.
    - Eu sinto muito. Lamento muito pelo que ocorreu. Sou muito grata por você ter estado aqui para proteger o templo.
    - Não se lamente. Todos devemos enfrentar nosso destino. Caso contrário, seremos derrotados por ele. Quanto a minha ajuda, eu não poderia ter feito diferente, Iana. Fiz o que tive que fazer. Há quanto tempo você está aqui neste templo?
    - Desde que me lembro. Eu não conheci meus pais. Fui abandonada nas portas deste templo e criada pelos sacerdotes. Eles me acolheram e me ensinaram tudo o que sei.
    - Onde estão estes sacerdotes?
    - Eles estão no templo da cidade vizinha, reunindo-se com os sacerdotes de lá. Eles voltam em 3 dias.
    - Entendo, Iana. Você poderia me contar sobre a Espada Sagrada?
    - Mais do que isso. Vou te levar até ela e também te contar tudo o que sei sobre esta espada. (continua...)

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