domingo, 22 de julho de 2012

O Samurai das Sombras. (Parte 3)


    (Parte 1. Parte 2)

    Maru ajuda Iana a se levantar.
    - Você está bem?
    - Agora estou, obrigada. Muito obrigada por me ajudar com aqueles três. O seu nome é Maru, não é?
    - Isso mesmo. Maru, o último Samurai das Sombras. E você quem é?
    - Eu me chamo Iana. Sou a sacerdotisa responsável por este templo. Como uma sacerdotisa, pude notar que a alma daquele sujeito que você matou está em posse da sua espada.
    - É verdade. Interessante você ter notado isso. Por eu ter matado aquele homem, preciso fazer um ritual de purificação para que aquela alma silencie dentro da espada e não seja uma ameaça. O ritual precisa ser feito o quanto antes.
    - Eu compreendo.
    - Você me permite fazê-lo aqui dentro do templo?
    - Normalmente ninguém deve ficar no templo após o pôr do sol, mas entendo seus motivos. Ajude-me a fechar as portas, então teremos tranquilidade para o ritual.
    As portas do templo Simunai são fechadas e trancadas. Tochas são acesas para iluminar o ambiente. Este local antigo e sagrado é perfeito para o ritual, pois possui boas energias deixadas pelas meditações e pelos espíritos antigos que ali habitam.
    - Iana, eu só matei porque olhei dentro da alma daquele homem e percebi a maldade em suas intenções e percebi o perigo que seria se a Espada Sagrada fosse levada daqui. Depois quero que me conte mais sobre esta espada.
    - Eu compreendo e sou muito grata. Venha por aqui. Vou te levar até o salão espiritual onde poderá fazer a purificação. Após isso, conto sobre a Espada Sagrada.
    Iana leva o samurai até o salão espiritual onde pode-se ver muitas placas entalhadas em madeira com nomes de antigos mestres do templo. Ao fundo, um altar com uma fonte de água corrente.
    - Maru, imagino que você precise ficar sozinho neste momento, então vou te deixar aqui. Quando terminar, pode me procurar pelo templo.
    Maru vê Iana deixando o salão e apanha a Espada das Sombras, olhando-a fixamente. Calmamente retira a parte superior de suas vestes e vai até o altar. Senta-se segurando a espada desembanhada em seu colo. Inicia-se a meditação.

Que esta alma errante entenda e aceite seu destino, pois aquele que busca as trevas um dia a encontrará em si mesmo e, em sua própria escuridão, perecerá.

    Neste momento, Maru começa a ficar coberto por seu próprio sangue que sai pelos seus poros, como suór. Lágrimas negras encharcam seus olhos. O samurai inclina sua cabeça, deixando as lágrimas caírem na espada. Aos poucos a espada vai sendo coberta pelo líquido escuro...
    Maru desmaia exausto, deixando seu corpo cair ao chão. (continua...)

Parte 4

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