quarta-feira, 18 de julho de 2012

O Samurai das Sombras. (Parte 1)



  Maru é o último samurai das sombras. Ele é um guerreiro muito popular e altamente respeitado. Após uma cansativa viagem, Maru chega numa cidade chamada Kamitsu. Logo encontra o rio Tsun que corta a cidade e aproveita para descansar ao pé de uma cerejeira carregada de flores.
    Senta-se no chão, fecha os olhos e medita. Seus cabelos negros e compridos balançam com o vento enquanto o som das águas toma sua mente.
  A profunda paz do momento lhe fez lembrar uma antiga técnica. Inspirado pela tranquilidade, apanhou sua espada, e, abrindo seus olhos, levantou-se com o vigor de um guerreiro e logo veio em sua mente todos os movimentos dos golpes do silêncio. Por um instante, Maru olha para as flores da cerejeira ainda presas à árvore e, com um chute forte, acerta o tronco, fazendo cair diversas flores. Com sua espada negra e fosca, que parecia ter uma estranha lâmina vermelha, ele cortava o vento em movimentos leves e precisos sem fazer som algum, dilacerando ao meio as flores que pairavam no ar, uma a uma, antes que tocassem o chão. Rapidamente todas as flores iam sendo cortadas sem que se pudesse ouvir um só barulho em seus movimentos.
  Enquanto isso, em frente ao lago, podia-se ver um santuário, o templo Simunai. Já estava começando a anoitecer e Maru precisava de um lugar para passar a noite.
Ele guardou sua espada e se dirigiu ao santuário para meditar antes de procurar um local para ficar. Não havia mais ninguém lá. Somente o silêncio preenchia o ambiente.
  Iana é uma sacerdotisa que cuida desse tempo, o templo Simunai. Como a noite ia chegando, ela precisava fechar o templo. Vendo que havia alguém meditando, Iana caminhou com cuidado em direção a porta para encostá-la.
  Do lado de fora, três homens se aproximam da entrada do templo, entreolhando-se. Parecem ansiosos por algo. Iana, percebendo este estranho movimento, tentou fechar as portas, mas foi impedida por uma força brutal que fez a porta abrir e bater com violência, jogando Iana contra o chão de pedra.
Iana quase desacordada, observa os três homens entrarem, sem nada poder fazer. (continua...)

Parte 2

Nenhum comentário: